No Pará, Dia D contra dengue, Zika e chikungunya será realizado neste sábado (8)

Matheus Freire
Ação intensifica ações de prevenção em estados e municípios e convoca a população a se unir no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Ação intensifica ações de prevenção em estados e municípios e convoca a população a se unir no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doençA. Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

O Ministério da Saúde realiza, neste sábado (8), no Pará, o Dia D nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti. A ação integra a nova campanha de prevenção e controle das arboviroses, “Não dê chance para dengue, Zika e chikungunya”. A mobilização ocorre em vários outros estados pelo país, com a participação de gestores locais, profissionais de saúde, agentes de endemias, lideranças comunitárias e da população em geral.  
 
As atividades do Dia D incluem ações de conscientização e mutirões de limpeza em locais públicos e residências.  “Estamos fazendo essa mobilização antes mesmo do período de maior transmissão da dengue, que ocorre no primeiro semestre de cada ano. Este é o momento de conscientizar e engajar a população e os municípios para identificar os pontos críticos e eliminar os criadouros do mosquito”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

Até o dia 30 de outubro, o Brasil registrou mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, o que representa uma redução de 75% em relação a 2024. No mesmo período, foram contabilizados cerca de 1,6 mil óbitos confirmados, queda de 72% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O Pará registra atualmente 17 mil casos prováveis de dengue, contra 19,7 mil no mesmo período de 2024, uma redução de 14%. 

Mesmo com a redução dos casos, um levantamento feito pela Pasta aponta que 30% dos municípios brasileiros estão em estado de alerta para a dengue. Dessa forma, o ministério faz um alerta para as ações de prevenção. “Vale lembrar que a maior parte dos mosquitos tem seus criadouros em utensílios dentro da casa das pessoas. Então, é fundamental o esforço da nossa população de parar 5 ou 10 minutos por dia para checar se há algum tipo de material que possa servir como criadouro do Aedes Aegypti. Isso significa não dar chance para a doença”, reforça Padilha. 
 
Investimento 
 
Para o ciclo 2025/2026, o Ministério da Saúde investirá R$ 183,5 milhões na ampliação do uso de novas tecnologias de controle vetorial, como a estratificação de risco; o método Wolbachia; as Estações Disseminadoras (EDLs) e os mosquitos estéreis irradiados. O Wolbachia, que reduz a capacidade de transmissão do mosquito, já foi aplicado em 11 municípios de oito estados. 

Também foram distribuídos 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais para diagnóstico e 1,2 mil nebulizadores portáteis para bloqueio da transmissão, além do fornecimento contínuo de larvicidas e adulticidas. Somente em 2025, foram instaladas 77,9 mil EDLs em 26 municípios, ampliando a cobertura das ações de controle. 

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