Uma aliança estratégica firmada durante a COP30, em Belém, busca desenvolver soluções sustentáveis para a produção de embalagens usadas no setor de cosméticos. O acordo estabelece um Memorando de Entendimento voltado à criação de alternativas de menor impacto ambiental e à descarbonização da cadeia produtiva.
A iniciativa prevê o lançamento de uma chamada pública para integrar centros de pesquisa, empresas e startups comprometidas com práticas sustentáveis. O objetivo é impulsionar soluções aplicáveis à fabricação de embalagens rígidas, como frascos, potes e tampas, além de embalagens flexíveis, filmes e revestimentos.
O memorando foi firmado entre a Suzano e a Natura e tem como foco a redução das emissões de carbono e o fortalecimento de uma economia de base regenerativa no setor de embalagens. As propostas selecionadas serão avaliadas por um comitê multidisciplinar, com critérios prioritários como origem renovável, biodegradabilidade e potencial de reciclagem.
A parceria também está alinhada às estratégias das duas empresas voltadas à inovação e à sustentabilidade. De um lado, a Suzano atua no desenvolvimento de soluções a partir de matérias-primas renováveis. De outro, a Natura mantém metas públicas para ampliar o uso de embalagens reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2030.
Atualmente, o índice de uso desses materiais nas marcas Natura e Avon na América Latina chega a 84,6%, segundo dados divulgados pela empresa. Já a Suzano mantém um portfólio de produtos voltados ao mercado de embalagens sustentáveis, com foco em soluções biodegradáveis e recicláveis.
Para André Junqueira, diretor da área de Papel e Embalagem da Suzano, a parceria reforça o papel da inovação no avanço de soluções de baixo carbono. “Quando ciência e sustentabilidade caminham juntas, é possível transformar cadeias produtivas e gerar benefícios ambientais e sociais”, afirmou.
Romulo Zamberlan, diretor de Pesquisa Avançada da Natura, destacou que a colaboração entre empresas, startups e centros de pesquisa é fundamental para acelerar o desenvolvimento de materiais mais circulares. “A transformação das embalagens depende de inovação colaborativa e tecnologias alinhadas à economia regenerativa”, disse.
