Proteção solar pode gerar economia de R$ 2,5 bilhões e evitar 113 mil casos de câncer de pele no Brasil

Estudo apresentado no Congresso mostra impactos econômicos, sociais e na saúde pública do uso regular de protetor solar

Matheus Freire
Uso diário de protetor solar pode gerar economia de R$ 2,5 bilhões à saúde e evitar mais de 113 mil casos de câncer de pele. Foto: Divulgação/Ideal-Axicom

Com o objetivo de evidenciar os impactos da proteção solar na saúde da população e na sustentabilidade do sistema de saúde, a Kenvue apresentou, na última quarta-feira (17), no Congresso Nacional, dados de um estudo proprietário que comprova os benefícios do uso regular de protetor solar.

Os resultados do levantamento indicam uma economia potencial superior a R$ 2,5 bilhões para o sistema de saúde brasileiro em um período de cinco anos. Além disso, o uso diário e correto do protetor solar pode prevenir mais de 113.400 casos de câncer de pele não melanoma ao longo de 15 anos.

Baseado em dados nacionais e internacionais, o estudo traduz evidências científicas em impacto econômico e social. O câncer de pele não melanoma, um dos tipos mais incidentes no Brasil, é também altamente prevenível, mas gera bilhões de reais em custos anuais com tratamentos e procedimentos médicos. Segundo a pesquisa, os R$ 2,5 bilhões representam gastos evitáveis associados a doenças de pele causadas pela exposição solar sem proteção.

A análise também aponta um alto Retorno sobre o Investimento (ROI) do uso de protetor solar. Em um horizonte de 15 anos, o ROI pode chegar a até 18,9 vezes, com média anual de 7,8 vezes. As economias para o sistema de saúde começam a ser percebidas já a partir do segundo ano de uso consistente do produto.

Além do impacto financeiro, o estudo destaca ganhos significativos na qualidade de vida da população. A projeção de mais de 113 mil casos evitáveis de câncer de pele não melanoma reforça a necessidade de campanhas permanentes de saúde pública e de políticas que incentivem o acesso e o uso contínuo do protetor solar.

Para o desenvolvimento da pesquisa, foram utilizados dados epidemiológicos brasileiros do Global Cancer Observatory, estimativas internacionais sobre a eficácia do protetor solar e custos médicos ajustados pela inflação.

Para Nathalia Cerbara, gerente de Assuntos Médicos da Kenvue, a iniciativa vai além da conscientização. “Queremos oferecer uma ferramenta que apoie profissionais de saúde, formuladores de políticas públicas e a sociedade com evidências claras sobre o valor da prevenção e do acesso a hábitos saudáveis”, afirma.

Ela acrescenta que o câncer de pele está entre os tipos mais preveníveis. “O Brasil, devido à sua localização geográfica e aos altos níveis de exposição solar, apresenta uma das maiores incidências da doença no mundo. Liderar esse debate com uma ferramenta que conecta ciência, economia e impacto social é motivo de orgulho”, destaca.

Apesar das evidências científicas, o cenário brasileiro ainda é preocupante. Um estudo global realizado pela Kenvue em parceria com a Kantar, intitulado A New View of Care, mostra que, embora os brasileiros valorizem o autocuidado, o protetor solar aparece apenas na décima posição entre as etapas consideradas mais relevantes. O dado contrasta com a urgência apontada pelo novo levantamento, que posiciona o protetor solar entre as categorias mais usadas e mais importantes para os consumidores no país.

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