A cantora peruana Rossy War, um dos maiores nomes da tecnocumbia e da música tropical latina, lança na última quarta-feira (17) o audiovisual de sua apresentação no Festival Psica 2024, realizado em dezembro, na Cidade Velha, em Belém. O registro celebra o reencontro da artista com o público paraense e evidencia a relação afetiva e musical construída com o Pará desde os anos 1990.
Belém ocupa um lugar especial na trajetória da cantora. Ao relembrar sua primeira visita à capital paraense, Rossy War destaca o acolhimento do público e a força cultural da cidade. “Belém do Pará é um lugar cheio de magia e encanto. O público valoriza e celebra sua cultura o tempo todo. Eu sabia que minha música era popular aqui, mas só ao chegar senti a dimensão real desse carinho”, afirmou.
A carreira de Rossy War começou em 1984, no grupo peruano Los Bio Chips, onde conheceu o guitarrista e produtor Tito Mauri, parceiro artístico e de vida. Nos anos 1990, o casal criou o projeto Rossy War y su Banda Kaliente, período em que a tecnocumbia se consolidou nas rádios e festas da América Latina.
O trabalho da artista tem forte caráter familiar. O filho do casal, Tony Mauri, é músico, compositor e produtor, responsável pela sonoridade da banda. Já Katya Mauri, também filha, atua como cantora, bailarina e compositora, dividindo o palco com os pais e o irmão. Juntos, eles mantêm uma trajetória marcada pela continuidade, reinvenção e identidade coletiva.
No Pará, a música de Rossy War conquistou gerações antes mesmo de sua presença física no estado. Canções como “Nunca Pensé en Llorar”, “Tonto”, “Amor Prohibido” e “Que Te Perdone Dios” embalaram festas, tocaram nas rádios e influenciaram artistas locais. A primeira passagem da cantora por Belém ocorreu apenas em 2022, durante o Festival Lambateria.
Foi nesse período que Rossy War conheceu os compositores paraenses Félix Robatto e Bruno Benítez, autores da música “Amor que Sentí”, criada especialmente para a artista. A canção foi apresentada oficialmente ao público paraense em dezembro de 2024, durante o Festival Psica, em uma participação marcada pela emoção e pela troca cultural no palco.
Sobre a experiência de cantar pela primeira vez em Belém, a artista descreve o momento como inesquecível. “Desde o aeroporto até caminhar pela cidade, senti o carinho de pessoas que me acompanham desde a infância. Subir ao palco e ver o público cantando minhas músicas com tanta paixão foi algo profundamente emocionante”, relatou.
